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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Conhecendo Angers

É incrível como os passeios despretensiosos me atraem... não saber direito o que nos espera e achar interessante todo o novo que se descobre, é fantástico. Não foi diferente neste final de semana passado, como agora temos um carro (graças a Deus), estamos tentando fazer passeios diferentes pelo menos um dia dos finais de semana, e ao acaso escolhemos a cidade de Angers, por ter um castelo (como algumas outras cidades) e por ser mais ou menos 1 hora, 1 hora e 40 min de viagem até lá. O que pra nós já estava valendo era o deslocamento, a viagem e conhecer um novo lugar. E lá fomos nós, saímos logo após ao meio dia, curtimos uma viagem agradável com um lindo dia de sol (o que nos surpreendeu pq no sábado estava nublado com previsão para chuva).
Mas o que nos espantou foi o que encontramos na cidade, um castelo enorme, imponente que se destaca à margem do rio Maine.


Já disse isso e repito, não esperava encontrar um castelo daquela magnitude, imponência e que ainda demonstra muita força.
Como vários castelos pela Europa, por fora ele deveria parecer uma fortaleza, para que os inimigos tivessem medo, e por dentro, deveria ser confortável e agradável para seus habitantes.






todas as fotos acima são do pátio interno do castelo

O castelo de Argens não foi diferente, na verdade, quando foi construido no início do século XIII era só uma fortaleza, colocada em ponto estratégico para se defender dos ataques do Duque da Bretanha (que as terras iam até a outra margem do rio, e que por sinal morava no castelo aqui do centro de Nantes, calculem quanto tempo ele não levava a cavalo até lá, se nós levamos 1h40min de carro, é não ter nada pra fazer mesmo né :p ), depois, em um século que não tenho certeza (vou chutar o XV) um membro do clero autorizou que este fosse habitado por parte da nobreza.
Muitas coisas de decoração e mobília (quase tudo) foi retirado, já que o castelo serviu de prisão até o séc. XIX e tb de alojamento para militares durante a 2a guerra. Apenas em 1948 é que este foi aberto ao público para visitação.

É impressionante caminhar na história, saber o que tudo aquilo já atravessou, séculos, guerras, pestes.... e continua lá, imponente, forte... apesar de avariar, nem a artilharia nazista não foi capaz de destruí-lo.
Quando eu estava caminhando por ele, admirando a sua magnitude, somado ao lindo dia de sol bem como ao fato de naquele domingo ser o primeiro do mês (quando as entradas em museus francêses são francas) eu fiquei pensando, essa é a melhor parte de ser morar na europa... poder conhecer lugares que não possuem a pretensão de serem grandes atrações turísticas... lugares onde ser irá encontrar famílias brincando, vovôs, vovós caminhando devagar para conhecer ou rever o local, crianças que desde já aprendem a visitar museus, lugares históricos e de forma civilizada e não grupos e grupos turísticos, que muitas vezes não entendem o que é tudo aquilo e nem porque estão lá, minha crítica em especial aos grupos de japoneses e chineses, tudo que eles possuem de disciplina e educação, parece que eles perdem quando viram turistas.





Por ser entrada franca, o local estava muito movimentado, e é incrível que em nenhum momento houve sinal de tumulto ou desorganização e isso sem existir um funcionário do museu pelos pátios vigiando, ou seja, as pessoas tem consciência do que elas tem e como se portar.
 Aqui eu faço um parenteses, acho muito engraçado que o francês tem uma coisa, entre várias que incluem a sua "politesse"é que em qualquer lugar em que não for possível entrar e sair ao mesmo tempo, se tem prioridade quem está saindo, ai após todos sairem e que os que vão entrar seguem em frente, isso acontece nos trens, ônibus e locais públicos, e qdo álguém não respeita, é severamente repreendido por quem está saindo, normalmente.

Claro que é ótimo poder conhcer grandes pontos turísticos como foi Roma, Paris, Veneza, Lucerne e muitos outros ainda estão na minha lista, mas conhecer coisas que realmente são do país, da sua verdadeira história e não coisas "pra turista ver", torna-se uma oportunidade que não podemos perder.

2 comentários:

  1. Carina,

    Que maravilha!!!
    Aproveitar todas as oportunidades é também a possibilidade de mergulhar na cultura, voltar ao passado e poder imaginar o que se passava, descobrir detalhes... é isso que faz valer a pena!
    Continuem curiosos,enTUsiasmados, descubram tudo o possível... estou amando poder partilhar um pouco disso tudo. beijos nos corações

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  2. claudia_covello@hotmail.com11 de fevereiro de 2011 às 18:25

    Ca querida adorei o lugar as notícias e poder acompanhar um pouquinho de vocês através do blog, beijinhos, te amo.

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