Na
sequência do post sobre “Comendo na França”, acho legal comentar um pouco sobre a "gastronomia" de Nantes, de uma forma despretensiosa.
Nada melhor do que começar por uma especialidade bretã e nantesa – já que Nantes sofre da crise de identidade
de ser e não ser bretã, que já comentei em outro post – o crepe.
Algo
precisa ser dito sobre o crepe: crepe é só doce, salgado, aqui, se chama galette e é feito com farinha de trigo
escura. Confesso que a primeira vez que comi não me atraiu, nem na segunda, nem
na terceira hahahaha..... era um prato que eu nunca pude dizer que não gostava,
mas se pudesse escolher outro, escolheria. Foi durante a gravidez que
desenvolvi um grande gosto pela galette
e desde então sou uma grande fã.
Ao
contrário da forma que os crepes foram introduzidos no Brasil, aqui eles são
bem mais simples, com menos ingredientes.
Uma coisa
que é legal saber é que, tudo que tu escolheres e tiver “ovo”, tanto galette, pizza, massa... o ovo será cru
em cima do prato escolhido, ele deverá cozinhar com o calor do alimento. Então,
se não gosta de ovo cru, sempre peça para ser sem ovo.
Aqui em
Nantes, tem uma crêperie que é o meu xodó, a
Saint Croix. Ela fica numa região do centro da cidade bem legal, o Bouffay, o
bairro boêmio de Nantes. Ela data de 1948, tem um prédio bem pitoresco e as
galettes e crepes são uma delícia. Os pratos estão descritos na carta em
francês e inglês.
O legal também são os preços, eles tem menus que ficam em
torno de 10 euros, com galette, crepe de sobremesa e bebida – cidra. Esse é
outro detalhe, a cidra é uma bebida típica bretã e é ela que tradicionalmente
acompanha as galettes, mesmo com a visão que temos no Brasil sobre a cidra,
acho que vale a pena provar, eu, particularmente gosto.
Quando se
fala em restaurante em Nantes, não podemos esquecer do mais tradicional, La Cigale. Restaurante francês, com um
pouco mais de uma centena de anos e
qualidade top. Claro que o preço acompanha a qualidade e o prestígio, uma janta
para dois, acessível, com vinho, pagável, pode chegar tranquilamente a 80 euros, mas não
decepciona. Ele é tão procurado que conseguir jantar lá, só com reserva.
O que
também é tradicional nesse restaurante é o café da manhã. Como o restaurante fica em frente ao teatro de Nantes, quando os artistas
terminavam suas apresentações, eles iam tomar o café da manhã no La Cigale.
Só o restaurante em si já vale a ida, ele tem
uma arquitetura muito legal, com uma decoração lindíssima.
Eu ainda
não fui tomar o café da manhã, mas farei antes de voltar ao Brasil.
Claro que
Nantes tem vários outros restaurantes de qualidade, mas acho que esses dois são
bem característicos da cidade.
Se o
objetivo for só beber, Nantes conta com vários pubs bem legais. Um dos mais
tradicionais, é o John Mc Byrn, um pub típico irlandês, inclusive é por lá que o Saint Patric’s Day em Nantes
acontece. Ele é super bem localizado,
entre as duas vielas mais movimentadas do bairro.
Mas, se
quer beber um pint- copo de cerveja
de 500ml – barata o local é o Pti Zinc,
na diagonal do John Mc Byrn.
Se, o lance
for beber cervejas “diferentes”o lugar é o Café Delirium. Trata-se de um bar belga, com uma variedade absurda de cervejas,
segundo o site deles, 420 cerveja diferentes de 20 países !!!!
Pra quem já foi a Bruxelas, sim... é o mesmo bar que existe na cidade e que
está no livro dos records como o bar com a maior variedades de cervejas
disponíveis.
Não muito
longe do John Mc Byrn, tem um local
que eu adoro, a sorveteria Amorino! Deus!!! Nada é ruim lá... nada... o
sorvete é dos deuses. No inverno, eles tem chocolates quentes de enlouquecer.
Eu digo ”chocolates” porque tu chegas e
pede um chocolate quente e eles te apresentam uma carta com uma lista enorme,
que chega a confundir hehehehehe. Mas vale muito a pena, é lindo, agradável e saboroso.
O bairro
Bouffay a noite tem uma atmosfera muito legal, vale muito a pena aproveitar
seja para só beber ou comer ou comer e depois beber hehehehe ou simplesmente
passear pra comer um kebab – que eu já comentei neste post o que é :) ou simplesmente, só pra passear.
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